O IX Women in Information Technology (WIT) é uma iniciativa da SBC para discutir os assuntos relacionados a questões de gênero e a Tecnologia de Informação (TI) no Brasil – histórias de sucesso, políticas de incentivo e formas de engajamento e atração de jovens, especialmente mulheres, para as carreiras associadas à TI. Organizado na forma de palestras convidadas e painéis, o workshop estará centrado em debater problemas relacionados à mulher e ao seu acesso à TI, tanto do ponto de vista de mercado de trabalho quanto de inclusão e alfabetização digital. Os temas abordados se concentrarão na necessidade de educar, recrutar e treinar mulheres, como uma política estratégica para o desenvolvimento e competitividade nacional e regional.
O objetivo principal do WIT é criar um fórum que promova estratégias para aumentar a participação de mulheres em TI no Brasil. Os temas abordados incluem
Aspectos críticos que impactam o acesso pleno das mulheres, treinamento, participação e liderança na área;
Estratégias para aumentar a visibilidade, no Brasil, dos problemas relativos a gênero e TI, com a conscientização de todos os segmentos da nossa sociedade;
Políticas empresariais nacionais e internacionais para fazer face a tais desafios e apresentação de histórias de sucesso.
21 de julho de 2015
08:30 - 09:00 : Abertura
09:00 - 10:00 : Palestra 1 - Revertendo o hiato de gênero na tecnologia – Lilian De Munno e Camilla Falconi Crispim (ThoughtWorks)
10:00 - 10:30 : Tempo para perguntas
10:30 - 11:00 : Intervalo
11:00 - 11:45 : Palestra 2 - Será que existe barreira de gênero na carreira universitária brasileira? – Teresa B. Ludermir (UFPE)
11:45 - 12:00 : Tempo para perguntas
12:00 - 12:45 : Palestra 3 - Mulheres, Educação e Exatas: liderança à vista, WIE Lead – Clarissa Loureiro (UNICAMP, IEEE WIE)
12:45 - 13:00 : Tempo para perguntas
Informações Complementares
Palestra 1 - Revertendo o hiato de gênero na tecnologia
Resumo: nesta palestra serão discutidas iniciativas e práticas da ThoughtWorks em âmbito local e global para aumentar o acesso das mulheres à tecnologia e empoderá-las, estimulando a diversidade de gênero na área.
Palestrantes: Lilian De Munno é Analista de Negócios e Gerente de Projeto da ThoughtWorks e participante ativa de grupos e de iniciativas voltadas para mulheres em tecnologia há mais de 3 anos. Graduada em Relações Internacionais com foco em Economia pela FAAP e em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero. Trabalha há mais de 10 anos com projetos em diferentes campos de aplicação da tecnologia para empresas como Grupo RBS, WebTraining, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do estado de São Paulo (IPT), entre outras.
Camilla Falconi Crispim tem Graduação e Mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). É Consultora Sênior de Desenvolvimento da ThoughtWorks e nesse tempo atuou em clientes internacionais e locais. Foi instrutora da ThoughtWorks University (TWU) na Índia por cerca de oito meses e lá treinou e orientou consultores de toda parte parte do mundo em práticas ágeis de desenvolvimento de software e os apresentou à cultura da ThoughtWorks, levantando pontos que a empolgam desde o início de sua carreira: reflexões sobre o hiato de gênero nas áreas exatas e o empoderamento feminino por meio de ações e eventos como o Rails Girls e Code Girl, que visam inspirar mulheres e maximizar a participação feminina na Tecnologia da Informação. Camilla acredita que as mulheres ainda têm muito espaço para conquistar na área e por isso participa ativamente de ações afirmativas que possam diminuir as diferenças entre homens e mulheres, isso como uma pequena parte de sua vontade de mudar o mundo através da tecnologia.
Palestra 2 - Será que existe barreira de gênero na carreira universitária brasileira?
Resumo: Numericamente existem menos mulheres que homens lecionando nas universidades brasileiras mas, a carreira acadêmica (e o salário) é igual para todos, sem distinção de gênero. Existem questões que desestimulam o gosto das meninas pela ciência e por carreiras acadêmicas. O nosso desafio então, é como atrair as meninas para vida acadêmica e carreira científica.
Palestrante: Teresa B. Ludermir é professora titular do Centro de Informática da UFPE. Teresa tem graduação e mestrado em Ciência da Computação pela UFPE e doutorado pelo Imperial College – Universidade de Londres. Sua principal área de interesse é Inteligência Computacional, com ênfase em Redes Neurais e Aprendizado de Máquina.
Palestra 3 – Mulheres, Educação e Exatas: liderança à vista, WIE Lead
Resumo: O incentivo às mulheres em posições de liderança é o melhor barômetro para o potencial de crescimento de uma nação. A tecnologia é responsável por grandes mudanças no mundo, e a maioria da nossa população hoje é mulher, porque não unir mulher e tecnologia? Teremos muitos ganhos a longo prazo. Depende de nós poder melhorar a velocidade dessas mudanças. A educação e a forma como se enxerga as áreas tecnológicas pelas meninas merece uma atenção maior. Nosso grupo, Women In Engineering, WIE, é um grupo de afinidades do IEEE, dedicado a promover o avanço das mulheres nas áreas exatas e tecnológicas, bem como incentivar as jovens a prosseguirem carreiras em ciências. A missão é facilitar o recrutamento e retenção de mulheres em disciplinas técnicas em todo o mundo. Desenvolver uma comunidade de homens e mulheres usando seus talentos para inovar em benefício da humanidade.
Palestrante: Clarissa Loureiro tem graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Campina Grande e pelo INSA (Institut National des Sciences Appliquées de Lyon), França (2006), mestrado em Engenharia Elétrica e Computação na área de Engenharia Biomédica pela Unicamp (2011). Atualmente é doutoranda em Engenharia Elétrica na UNICAMP, e pela George Mason University, em Washington DC, pelo programa de doutorado sanduíche, da CAPES - é presidente do IEEE WIE (Women in Engineering) da América Latina, faz parte da diretoria da Apogeeu (Associação dos Pós-graduandos da Unicamp). Tem publicações na área de direito espacial, robótica, radiações ionizantes e eletromagnetismo. Sua área de pesquisa atual é neurociências, envolve sistemas multidisciplinares com aplicações na área médica. Faz projetos na área de tecnologia para a educação em escolas públicas.
Manhã: atividades do WIT
17hs às 19hs: Fórum Meninas Digitais
Painel: “Projetos e ações para inclusão de meninas nas áreas tecnológicas: colhendo frutos”
Moderação: Prof. Cristiano Maciel – Coordenador do Programa Nacional Meninas Digitais, professor da UFMT (https://sbcmt.wordpress.com/meninasdigitais/)
Painelistas e seus projetos:
Women Who Code e Pyladies
Andrêza Leite de Alencar, Recife
Women Who Code é uma organização global dedicada a educar e a inspirar as mulheres a buscar conhecimento e se destacar em carreiras tecnológicas. A organização já cresceu para mais de 30000 membros em 18 países. Somos conhecidos por nossos grupos de estudo técnicos semanais gratuitos e eventos mensais maiores, incluindo palestras técnicas, noites de hackers, e treinamentos de carreira.
Site: http://www.meetup.com/pt/Women-Who-Code-Recife/
Facebook: https://www.facebook.com/wwcrecife
O PyLadies, é uma comunidade mundial que foi trazida ao Brasil com o propósito de instigar mais mulheres a entrarem na área tecnológica. Isso é feito através de encontros periódicos, mini-cursos, dojos e palestras. A principal linguagem usada é o Python. Nosso objetivo é fazer o que pudermos para mudar essa realidade de poucas garotas em uma área tão rica e fantásticas como a computação. Com a introdução do PyLadies no Brasil, já há meninas em Brasília, SP, Rio, MG, Recife e Natal.
Site: http://brasil.pyladies.com/
Facebook: https://www.facebook.com/PyLadiesBrazil
Dia 22/07:
Título: Meninas Digitais - prototipando soluções tecnológicas para uma vida melhor
Descrição: Estudantes de escolas públicas de Recife e região serão convidadas a passar uma manhã em atividade prática que privilegia as seguintes ações: discussão, projeto, prototipação e apresentação de suas ideias para a criação de soluções tecnológicas que possam melhorar a vida das pessoas em diferentes contextos: educação, saúde, meio ambiente, mobilidade urbana, empoderamento feminino, entre outros temas que envolvem o cotidiano. Em equipes, as estudantes serão orientadas por docentes e estudantes de cursos de graduação da área de Computação de diversas universidades brasileiras. Brainstorming e técnicas de prototipação serão praticadas no processo de concretização das ideias. A dinâmica termina com a apresentação dos protótipos criados, que serão socializados com os demais participantes do CSBC. As estudantes serão estimuladas a explorar a criatividade e a refletir sobre os desdobramentos da tecnologia na vida das pessoas, demonstrando, entre outros aspectos, a responsabilidade social da Computação.
Mariângela de Oliveira Gomes Setti
Marilia Abrahão Amaral
Silvia Amélia Bim
Professoras do DAINF - Departamento Acadêmico de Informática da UTFPR-Curitiba (Universidade Tecnológica Federal do Paraná). Integrantes do projeto Emíli@s.
Lhais Rodrigues Silva
Graduanda em Engenharia da Computação pelo Centro de Informática da UFPE, Colaboradora do Women Who Code Recife e MIC ETEPAM (Centro de Inovação da Microsoft ETEPAM), Embaixadora do Technovation Challenge